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Manhattan: filme de amor... a uma cidade

  • Foto do escritor: JORGE MARIN
    JORGE MARIN
  • 6 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de fev. de 2022


Manhattan de Woody Allen apresenta uma cinematografia em preto e branco – de Gordon Willis - com uma beleza raramente vista no cinema.

O filme é leve, grandioso e equilibrado. Visto a princípio como uma comédia romântica mostrando o relacionamento entre um homem de meia-idade e uma adolescente, o enredo assume complexidades que apenas pessoas apaixonadas serão capazes de reconhecer. O próprio romance entre Isaac e Tracy não prospera por pura imaturidade... dele.

Embora o clima romântico esteja sempre presente, o que mais se vê durante o desenvolvimento da trama são pessoas que não suportam vivenciar a felicidade e buscam o tempo todo justificativas para romper com seus parceiros: Isaac incentiva Tracy a deixá-lo; Mary, que está vivendo um caso com Yale, também pede que ele a deixe porque não tem coragem de deixar sua esposa; o próprio Yale encoraja um relacionamento entre Mary e Isaac, para mais tarde se arrepender.

Parece que romances são na verdade um pretexto para que o diretor celebre o seu amor particular por Manhattan, um local que ele adora. Desde a abertura do filme, com um amanhecer no Central Park ao som de Rapsódia Azul de George Gershwin, até a icônica cena do casal Mary-Isaac num banco da praça Sutton contemplando a ponte Queensboro, o que se vê é uma sequência de rituais novaiorquinos da época: ir ao museu Guggenheim, filmes de arte, barquinhos no lago, concertos, comida chinesa e uma sequência de músicas românticas executadas principalmente pela Filarmônica de Nova Iorque, sob a batuta do histórico maestro Zubin Mehta.

Ao final do filme, depois de encontros e desencontros, parece que, junto com Isaac, apaixonamo-nos todos por Tracy, ou por Mariel Hemingway. Sua atuação é tão natural e desprovida de glamour que parece a única pessoa equilibrada dentro de uma multidão de seres absolutamente incapazes de se relacionar de forma serena. Quando todos, ao se apresentar, falam não o que são mas o que fazem, é de Tracy a fala mais divertida. Após as pessoas dizerem que são da TV, da editora, da crítica literária, ela diz:

─ Eu sou do colégio.

 
 
 

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