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Babel: trágicos mal-entendidos

  • Foto do escritor: JORGE MARIN
    JORGE MARIN
  • 2 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de ago.

Babel não tem a ver com a separação dos povos devido às diferenças de linguagens como mostrado no relato bíblico. O diretor Alejandro Iñárritu constrói uma trama que cruza histórias de pessoas visitando terras estrangeiras e interferindo, com atos banais, na cultura dos povos.

Não se trata de não compreender diferentes idiomas, uma vez que, de uma forma ou de outra, todos acabam se entendendo. O que se vê, nas histórias que se cruzam, não são problemas na fala, mas sim na escuta. São mal-entendidos que se sucedem. Às vezes com trágicas consequências.

Sem spoilers, as histórias do filme são as seguintes: um empresário japonês (Kôji Yakusho) vai caçador no Marrocos e dá um rifle de presente para o seu guia. Este homem vende a arma para um amigo, que precisa matar alguns chacais que ameaçam suas cabras.

Os dois garotos marroquinos, que pastoreiam as cabras, resolvem testar o rifle e atiram num ônibus atingindo uma turista americana (Cate Blanchett). A mídia mundial afirma que foi um ato terrorista. O marido da turista (Brad Pitt) liga para casa e pede que a babá dos seus filhos (Adriana Barraza) fique com as crianças e não vá num casamento no México. Mas ela vai.

No Japão, um policial busca informações com o empresário que doou a arma, mas acaba se envolvendo com a filha adolescente dele (Rinko Kikuchi). Ela é surda-muda, passou pela trágica perda da mãe e está tendo dificuldades em lidar com a sua sexualidade.

As quatro histórias, bem demarcadas pela cinematografia precisa de Rodrigo Prieto, não deveriam ter nenhuma conexão entre si. Todos agem de boa-fé, com ótimas intenções, mas por pequenos deslizes, nenhum deles criminoso, tudo dá errado.

O final do filme se passa num arranha-céu de Tóquio e é representativa dos problemas de comunicação que caracterizam Babel. A garota Chieko vivencia as dores que levaram sua mãe a se matar. O pai chega e parece entender que a dor da filha não é ser incapaz de ouvir, mas a dor de não ser ouvida.

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