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Meu Pai encanta e assusta

  • Foto do escritor: JORGE MARIN
    JORGE MARIN
  • 10 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de ago.



Meu Pai é um filme perturbador e uma interação inédita para muitas pessoas que vão ao cinema. Ao “quebrar a quarta parede”, uma experiência mais comum no teatro, o dramaturgo Florian Zeller, que estreia na direção cinematográfica, cria uma ruptura que poderia confundir, mas emociona e encanta, principalmente pela performance fodástica de Anthony Hopkins.


A história é banal. porém desconfortável. Trata-se da questão do que fazer com um pai amado quando este começa a entrar no processo de demência. Ficar ao lado dele enquanto nossa vida se esvai ou interná-lo em um abrigo e terceirizar emoção e gratidão? Para piorar, a situação é vista sob o olhar do próprio idoso, o que não nos dá muita confiabilidade.


Quando somos apresentados a Anthony (o personagem tem o mesmo nome do ator), deparamo-nos com um pai octogenário poderoso e refinado. Sua filha Anne (Olivia Colman) chega em seu apartamento, em Londres. Ela está preocupada porque o pai expulsou a sua cuidadora mais recente, acusando-a de ter roubado seu relógio.


Anne diz que precisará contratar outra cuidadora, pois ela está se mudando para Paris, para buscar um novo relacionamento, o que deixa Anthony muito angustiado. Anne sai e, assim que a vê atravessando a rua, Anthony ouve um barulho, e descobre um homem estranho no apartamento (Mark Gatiss, que nunca saberemos quem realmente é).


Depois de uma discussão, em que o homem insiste que Anthony é seu convidado, Anne volta, mas já não é mais a filha de meia-idade que conhecemos, mas outra mulher (Olivia Williams). Ela confirma ao pai que está divorciada e o homem desaparece. Se prestarmos atenção, veremos que não é mesmo o mesmo apartamento de Anthony. Mais truques do design de produção surgirão até o final do filme.


Uma versão mais irada do marido de Anne, talvez o real (Rufus Sewell), impõe a Anthony sua maior humilhação. Mas há uma certa coerência no que ele diz: o sogro está doente, e permanecer na casa não fará bem a ninguém. No final, o pai de Anne está com uma pessoa que não sabe bem quem é. Ele reclama que está “perdendo suas folhas”. O relógio permanece no pulso.


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