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- Jurado nº 2: entre a culpa e a condenção
Jurado nº 2 , que rumores apontam como o último filme dirigido por Clint Eastwood, é uma obra que expressa inconformismo com a forma pela qual a justiça é feita nos Estados Unidos. No roteiro, às vezes cínico, de Jonathan A. Abrams o próprio sistema judiciário é julgado pela forma como interesses próprios se sobrepõem. Isso vai desde o jurado Justin (Nicholas Hoult), que pretende voltar logo para casa, pois sua esposa Allison (Zoey Deutch) está prestes a ter um bebê, como a promotora Faith (Toni Collette), que pretende “fechar” logo o caso, pois está em campanha eleitoral. Ao chegar ao tribunal em Savannah, Geórgia, Justin está preocupado com a esposa, que teve uma gravidez frustrada anteriormente. Ele se concentra e torce para uma unanimidade no júri, até perceber que o culpado pelo atropelamento da vítima do crime pode ter sido ele próprio . Em recuperação do alcoolismo, Justin estava no bar onde o réu, James (Gabriel Basso) teve uma séria discussão com sua namorada Kendell (Francesca Eastwood, filha do diretor) em uma noite chuvosa. Ela saiu sozinha para voltar para casa, ele a seguiu em sua caminhonete, e algum tempo depois ela foi encontrada morta. Eastwood faz tudo para “atrasar” o veredito O crime é reconstruído através das versões da promotora Faith e do advogado de defesa Eric (Chris Messina), enquanto Justin lida com seus próprios flashbacks fragmentados da noite do suposto homicídio. Quando os jurados são chamados a deliberar, o que se percebe é que os dois lados têm argumentos fracos: embora o réu seja claramente suspeito, a autópsia é inconclusiva e a única testemunha não se revela confiável. Eastwood faz tudo para “atrasar” o consenso do júri, onde o policial aposentado Harold (J.K. Simmons) começa a duvidar da versão da promotora, enquanto o jurado Marcus (Cedric Yarbrough) tem certeza da culpa do réu. Atormentado pelas suas memórias, Justin se opõe à condenação rápida, mas sem se expor, pois sabe que ninguém acreditaria que ele não bebeu naquela noite . Após o julgamento ser concluído, a vida volta ao normal para todos, Faith vai até a casa de Justin. Ele atende à porta, e os dois ficam frente a frente em silêncio.
- Jojo Rabbit só quer ser um bom nazista
Jojo Rabbit (Roman Griffin Davis) é um garoto de dez anos que vive na Alemanha nos anos finais da Segunda Guerra Mundial. Por isso, é compreensível e muito normal que o seu modelo a seguir seja um personagem considerado heroico pela nação alemã da época: Adolf Hitler (Taika Waititi), que é inclusive seu amigo imaginário. Lógico que criar uma visão caricata do Führer pode ser problemático dentro de um filme atual, mas o diretor Taika Waititi conduz a narrativa de forma a superpor cenas absurdas e engraçadas com momentos sérios e de extrema violência. Acostumados a uma visão consciente e esclarecida sobre as barbaridades do Terceiro Reich, tendemos a chamar de banalidade o tratamento dispensado ao patético Hitler quando, na verdade, é da aparente inocência do líder alemão que nasce sua força, tanto para crianças quanto para multidões infantilizadas que o idolatram como um bom companheiro. Assim, Johannes tenta se inserir na juventude nazista, mas sua natureza pura e inocente não se adapta naturalmente à cultura de destruição do inimigo que caracteriza a ideologia da cultura dominante na época. Entretanto, o bullying é atenuado pela ambiguidade do comandante do campo de treinamento, o capitão Klenzendorf (Sam Rockwell), às vezes implacável outras, sensível. Quando, após um acidente com uma granada, Jojo é obrigado a ficar em casa, ele faz uma descoberta que é a grande virada do filme: sua mãe Rosie (Scarlett Johansson) esconde uma judia, a jovem Elsa ((Thomasin McKenzie), em um armário do quarto do sótão. A introdução da personagem cria sérias questões para o garoto, e gostar da moradora clandestina é a menor delas. De repente, o aspirante a nazista se torna íntimo na vida real de uma menina que ele pensa que é monstro e começa a se afastar de um monstro que ele pensa que é amigo. E, o que é pior, sem poder denunciá-la para não colocar sua mãe em risco. Naturalmente, a história segue o seu curso e tudo o que tem que acontecer acontece. Sem as contradições que o movem, o final do filme é um tanto melancólico.
- A Carruagem Fantasma é maldição inevitável
A Carruagem Fantasma é um filme mudo de 1921 que impressiona pela sua consistência, trilha sonora, uso recorrente do flashback – uma técnica ainda recente em filmes –, além de efeitos especiais. Tomadas em dupla exposição, habilmente registradas pela cinematografia de Julius Jaenzon e pelo diretor Victor Sjöström, retratam espíritos se desprendendo dos corpos. A história começa na véspera do Ano Novo, com a bondosa enfermeira do Exército da Salvação, irmã Edit (Astrid Holm), em seu leito de morte com pneumonia. Mesmo em seus últimos momentos, ela insiste que precisa ver David Holm (o próprio Sjöström) porque quer se assegurar de que salvou sua alma. No cemitério da cidade, David, um homem sem escrúpulos que abandonou sua família pelo álcool, bebe com dois amigos e fala do seu companheiro Georges (Tore Svennberg) que desapareceu no dia 31 de dezembro do ano anterior. Descobrimos depois que ele na verdade morreu naquele dia e que essa ocorrência sujeita as pessoas a uma condenação. Quem morre no último dia do ano deve conduzir a carruagem da morte pelos próximos doze meses. David descobre isso da pior maneira possível. Ao discutir com os amigos, ele acaba assassinado e é o próprio Georges, como o condutor do sinistro veículo, que lhe transfere a maldição. Mas, antes disso, o antigo companheiro leva David a um tour por todos os erros cometidos no passado. Em uma série de flashbacks, testemunhamos todos os tormentos do bêbado à sua família, a ponto de sua mulher (Hilda Borgström) não querer continuar vivendo. Vemos também todo o sofrimento de Edit, empenhada há um ano em salvar a alma do alcoólatra, chegando mesmo a ser infectada por ele pela doença que está a lhe tirar a vida. No último momento, face a face com o espectro que a levará ao mundo dos mortos, a salvacionista ainda tenta um último milagre. A película macabra foi assistida por uma criança chamada Ingmar Bergman que, anos mais tarde, convidaria Sjöström para seu filme Morangos Silvestres , coincidentemente sobre a morte.
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Filmes Fodásticos são dicas de Jorge Marin dos melhores filmes de todos os tempos, com resenhas, trailers e imagens. JORGE MARIN há 4 horas 2 min de leitura Jurado nº 2: entre a culpa e a condenção 0 0 comentário 0 Post não marcado como curtido JORGE MARIN 23 de jan. 2 min de leitura Ainda Estou Aqui é contido e devastador 7 0 comentário 0 Post não marcado como curtido JORGE MARIN 24 de mar. de 2024 2 min de leitura Há algo triste em Aftersun ratings-display.rating-aria-label (1) 31 1 comentário 1 Post não marcado como curtido JORGE MARIN 1 de jan. de 2024 2 min de leitura Assassinos da Lua das Flores é magnífico 7 0 comentário 0 Post não marcado como curtido TODOS OS POSTS SONHOS NA TELA Penso que ir ao cinema é como premeditar um sonho ou tomar emprestado sonhos de outras pessoas. LEIA MAIS